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11 setembro, 2006

sobre estradas que nos levam...

(ou estradas que nos trazem)


a noite que tanto demorou para chegar, num instante se foi
e a lua que parecia não nascer, logo deu lugar ao sol

num piscar já era dia e a estrada te chamava
pouco a pouco, as placas do teu porto apareciam

a distância diminuia, a palavras se iam
e o destino, traiçoeiro, me sorria

um sorriso sarcástico, cheio de maldade
como quem prega uma peça sem ter pena

um belo plano de destruição programada
a obsolecência pré-planejada de um duro coração

que timidamente tremia ao passar das curvas
e, ao passar da horas, deixava cair as primeiras lágrimas

talvez de alegria pelo belo dia, talvez de medo pelo que viria
com receio de amolecer e se quebrar, se machucar

mas esse medo logo deu lugar a uma paz imensa
e um silêncio irritante que te incomodava

me desculpe, mas foi só para escutar o barulho do vento
e poder ver os teus cabelos voando fora da janela

e confirmar o que o coração já me dizia
que você era uma pessoa linda, simplemente linda

e que não há no mundo quem se esqueça do teu sorriso
e que não se encante com a espontaneidade dos teus atos

e não há quem não morra de alegria ao te ver deitada
reparando nos defeitos de uma barba mal feita

e não há no mundo quem não ame uma pessoa assim
uma linda menina cheia de energia, de alegria

e não há quem não corra todos os riscos por você
ou todas as estradas que ainda possam vir

mas também não há quem morra de amor pela tua ausência
porque na tua falta, as lembranças de um dia curto se fazem vivas

e o teu sorriso inesquecível me dá forças,
e mesmo sem você, sigo firme meu caminho

até o fim em um abismo, a um passo da queda
ou à meia volta, para o recomeço dessa estrada sem fim

uma nova vida, no sentido contrário.